sábado, 23 de novembro de 2013

Poema Para Asoiretsim

Procurei a solidão e encontrei você!
E com você a incerteza do que é solidão!
No lago da solidão ela acabou pra mim;
acabou também pra você, Asoiretsim?
O que o lago e eu podemos fazer por você?
Ele não pode dizer que te ama; eu posso!
O lago é você, e você sou eu!
Amalgamados pelo mistério da solidão,
na tristeza que sua alma leva!
Por quê?... Por quê?
O velho banco de madeira não diz nada;
só acompanha, em silêncio, o nosso drama,
o nosso amor, nossos desejos, nossas fantasias...
Aqui, nossa casa e nosso mundo!
Não podemos ficar e nem queremos ir.
Com você em meus braços o tempo para;
e sei que é preciso!
Quando olho pra você,
sei que é preciso!
Absorvo, subtraio através de seus olhos,
um pouco de sua dor;
só um pouco!...
Amo Asoiretsim para sempre;
mas aprendi com ela que o tempo não conta;
e mesmo quando o lago não mais existir,
você e eu, eu e você estaremos aqui, Asoiretsim.
Para sempre!... Para sempre!

O MEU CANTINHO

   
A sala do meio, no segundo piso de minha casa, ainda não é o meu cantinho, onde pretendo ficar,sossegado, para escrever. Mas como ainda não tenho esse cantinho, ele serve provisoriamente. E aqui, onde sai a escada, as portas dos dois quartos, e a saída para a área que fica sobre a garagem, fico horas, escrevendo. O local é bem ventilado, adequado para se ficar, tanto na parte da manhã como à tarde. Pena que não é um lugar bem reservado, porque, para escrever é necessário que se tenha um lugar assim - um cantinho sossegado; onde não fica gente passando, de vez em quando, para lá e para cá, tirando minha concentração. É quase impossível escrever ouvindo outras pessoas conversando. Preciso do meu lugar. As pessoas de casa não entendem isso. E conversam, perguntam uma coisa e perguntam outra. Aí eu tenho que parar de escrever e prestar atenção, com o cuidado de não me irritar, porque não seria compreendido. Quando estou escrevendo ninguém acha que isso é importante para mim. Só porque não estou ganhando dinheiro, fazendo o que gosto de fazer. Todo mundo só acha importante aquilo que se faz para ganhar dinheiro. Quando fazemos isso, aí sim, somos levados a sério. 

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Lago da Solidão

Comecei a escrever Lago da Solidão em novembro de 2012, e concluí agora, em novembro de 2013. O livro já está com mais de 200 páginas, mas como estou fazendo alguns retoques, cortando trechos, acrescentando outros, não posso saber ainda exatamente com quantas páginas ficará quando estiver pronto. Parece que não quero termina-lo definitivamente, porque gosto demais da companhia de Asoiretsim; estar com ela no lago e na praia é tudo pra mim. Estou sempre acrescentando mais diálogos nas partes em que nos encontramos, adiando o máximo possível a separação. Mas, enfim, tudo acaba. Aí está a capa.