sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Romance em andamento.

Comecei a escrever um romance, inspirado por uma foto de uma garota sentada num banco, à beira de um lago. Ela parece muito solitária. Descrevo a minha própria experiência com a garota do lago, estando eu com apenas 22 anos na época atual. É uma ficção, onde expresso os meus sentimentos, principalmente minha própria solidão. Já havia escrito várias páginas, usando como título O Lago da Solidão. Mas fiquei surpreso quando, pesquisando no google, descobri que já existe um livro com esse nome. Agora tenho que mudar o título. Acho que poderá ser: Lago da Solidão. Segue dois trechos do livro. 

Pela primeira vez ela se levantou do banco e se distanciou indo até à beirada do lago. Apanhou uma pedra e jogou, fazendo-a deslizar sobre a superfície da água. A pedra saiu pulando, e eu contei até mais de cinco toques antes de afundar.
Continuei no mesmo lugar, esperando que ela voltasse. Não me dispus ir até aonde estava; não tinha o direito de interromper aquele momento tão especial, de total isolamento, tanto dela como de mim mesmo, surgido por uma necessidade de nossas almas. Todos nós temos esse direito. Quando a solidão não tolera qualquer presença.
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Disse tudo o que pensava sobre a solidão, acrescentando mais alguns pensamentos, imaginando que não haveria mais nada a acrescentar.
Ela ouviu atentamente sem me interromper, e, quando eu terminei, falou:
-- Está correto, mas, para mim, ainda não é a pior solidão.
-- E nem vai me dizer, não é?
-- Se a pior solidão, em minha vida, se desfizer, terá sido por pouco tempo, e será mais cruel do que se tivesse permanecido com ela... mesmo assim eu desejo que essa solidão se desfaça.
Tive a impressão de que ela jamais me diria com todas as letras, e eu tinha mais um enigma para decifrar. Sim, porque ela toda era um enigma. Um mistério. Ela era Asoiretsim, bem lhe cabia esse nome.